terça-feira, 3 de março de 2009

Depois de!

Assim sou eu agora, depois de ti, depois do que um dia deixaste tatuado em mim… assim sou eu agora!

Agora já não sinto o medo constante de te perder, o medo de uma falta que nunca foi, agora não sinto a fragilidade das palavras que não te disse, nem me afogo no silêncio das que nunca disseste.
E de repente percebi que não eras tu…. Mas eu!
Era eu que fazia as minhas próprias fronteiras de chegar, que construía muralhas para que não partisses… mas tu partiste sempre em cada encontro…
Mas em cada tua chegada eu era feliz e em cada tua partida eu era ainda mais feliz, e não o sabia! Era a partida que me fazia sonhar com o regresso, com um regresso que tu esquecias….
E é tão melhor assim, perceber que a espera é uma espera apenas, que não traça caminhos, não ilumina estradas, não move montanhas…. É apenas uma espera!
A tua espera, a minha espera eterna, não de ti, não de mim, não de nós… mas de um dia… talvez de um dia! Talvez um dia!
Não serás meu agora, não agora, eu sei… assim como eu não espero ser tua, não neste tempo, não agora!
Agora é tempo de corpos nus sobre camas frias, agora é tempo de meia luz sobre o ofegante respirar, agora é apenas tempo de um corpo preso num corpo, que de preso só tem a alma!
Assim sou eu agora, plena de mim….
Já não busco explicações para não ter, sinto que tudo foi o que tinha de ser, que tudo é exactamente como tem de ser!
Assim me sinto eu agora, viva por te amar, serena por viver sem te viver, feliz por te querer e em paz por saber que a vida irá saber o que fazer connosco!

Com todo o meu amor para ti.

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