quinta-feira, 4 de junho de 2009

Onze minutos


"Se eu tivesse de contar a minha vida a algúem, poderia fazê-lo de tal maneira, que me achariam uma mulher independente, corajosa e feliz. Mas nada disso, estou proibida de mencionar a única palavra que é muito mais importante que os onze minutos – o amor.
Durante muito tempo entendi que o amor era uma espécie de escravidão consentida. Mas é mentira: a liberdade só existe quando ele está presente. Quem se entrega totalmente, quem se sente livre, ama plenamente.... e quem ama plenamente sente-se livre.
Por causa disso, apesar de tudo aquilo que possa viver, fazer, descobrir, nada faz realmente sentido. Espero que este tempo passe depressa, para que eu possa voltar à busca de mim mesma – sob a forma de um homem que me entenda, que não me faça sofrer.
Mas que disparate é este? No amor ningúem magoa ningúem, cada um de nós é responsável por aquilo que sente, e não podemos culpar o outro por isso.
Já me senti ferida quando perdi os homens por quem me apaixonei.. Hoje estou convencida de que ninguém perde ninguém, porque ninguém possui ninguém.
Essa é a verdadeira experiência da liberdade: ter a coisa mais importante da vida sem a possuir."

Em Onze minutos de Paulo Coelho

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