É apenas um deserto... e uma mão comanda a minha vida.
Deixa-me odiar, talvez me faça melhor que amar....
Tantas cadeiras vazias por eu não deixar ninguém sentar-se ao meu lado!
Não sei ser de outro modo, sempre só comigo sem querer outra companhia que n esta... a das palavras esquecidas no pensamento, de um pensamento amarrado a essa mão que me sustenta.
O café arrefece, há apenas uma chávena na mesa! Deitei fora todas as outras.... não quero mais nenhuma na minha mesa!
Quero estar zangada, quero parecer zangada..... deixem-me odiar em vez de amar....
Quero sentir a chuva molhada a cair em mim.... talvez me lave a alma de pensar em ti!
Muros que constróis sobre a muralha do meu ser.... deixem-me ser zangada!
Às vezes também é preciso cerrar os dentes, dizer que não!
Perder a fé se necessário para encontrá-la mais tarde!
Quero hoje ceder a um dos pecados capitais, hoje quero ser a IRA.
Porque não? Porque não poderei sentir revolta com o mundo?
Ninguem lamberá a minha ferida? Ninguem nunca quer saber em que deserto vivemos, porque todos fogem do seu próprio!
Mas hoje, ao verem-me assim, disseram-me: "Recomeça.... se puderes, sem angústias e sem presa e os passos que deres, nesse caminho duro do futuro, dá-os em liberdade, enquanto não alcances não descanses, de nenhum fruto queiras só a metade"!
Eu irei por esse caminho, se não for o teu, poderás ir sempre ter comigo ou ficar aí aonde estás!
Se me encontrares não serei a mesma, serei alma intensa, violenta, revoltada! E parti porque ela não se sentia bem onde estava, tinha saudade... de não sei bem de quê!
Hoje deixem-me estar zangada!
http://www.youtube.com/watch?v=aluwpslpygQ
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