segunda-feira, 25 de abril de 2011

Fim

O blog No meio de coisa alguma acaba as suas linhas aqui.
Começou por um grande amor e termina por um grande amor ter acabado.
As memórias ficarão sempre guardadas em nós, assim como ficam as palavras que aqui foram escritas com todo o sentimento dos que amam...
Mas quando a vida nos leva a perder grandes amores, as palavras que são a sua alma deixam de ter importância....

Para ti que te dei, tudo de mim, não faria sentido continuar este espaço sem ti.

Quem sabe um dia haja espaço e tempo e vidas para nos reconquistarmos.

Com amor!

sábado, 23 de abril de 2011

Ela

Ela sentia o coração a parar.... perdia o pulso cada vez que respirava fundo!
Tinha perdido tudo desta a ultima vez que tinham estado juntos.
Estava sentada num banco qualquer de uma rua qualquer, as lágrimas corriam descontroladamente e ela nem sequer sentia o frio que se fazia ali fora, afinal o frio que trazia cá dentro era tão imenso....
As memórias acumulavam-se dentro dela, e laivos dos momentos passados eram revistos de sorriso na cara e de dor na alma!
Ela só queria que desta vez fosse a vez.
Fosse a vez de viver e ser feliz com aquela pessoa, que amou de forma segura e sem medos de se ferir.... e feriu-se bem fundo, bem dentro das suas defesas....

Levantou os olhos e parou a pensar como tinha ido ali parar.... sentada naquela banco de jardim, longe de casa!
Mas.... onde era mesmo a sua casa? Onde estava ele? porque é que ele não estava ali? Porque nunca esteve pensou baixinho!

Sentia-se exausta e deixou-se morrer ali, de alma nua, de alma presa...

Só queria ser feliz desta vez....

Ela só queria ser amada desta vez...

Apenas receber na medida que dava.

Só queria amar e ser amada, viver e ser feliz.

Ela perdeu a fé naquela noite, em que sabia que as mãos já não se iriam entrelaçar, o mundo já não conspirava a seu favor e o amor era o maior engano do mundo.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Não te percas de mim!


"Todos os dias somo obrigados a escolher..... a escolha não se faz uma vez na vida mas a todo o momento!"


Muitas vezes não temos escolha.... terei? Dar-me-ás tu escolha!?
Eu escolho fugir, ou esperar?
Escolho desistir ou acreditar?
Escolho morrer agora? Quantas vezes vou ter de nascer de novo!

Não tenho mais segredos contigo, somos metades iguais.... e hoje, só hoje deixa-me escolher-te por inteiro..... deixa-me ser-te antes de tudo nascer de novo!
Não desistas de mim.....

Somos partes iguais.... somos formas idênticas....

Hoje só hoje.... deixa-me ser-te antes de tudo o resto morrer.... antes de tu e eu sermos uma noite perdida, escondida, ferida.... deixa-me ser a tua pele..... não desistas de mim..... não me deixes nua dentro do teu olhar....

Ainda sei de cor o teu rosto.... essa tua presença que me preenche a alma.... a luz da manhã cravada em mim como a tua pele colada a esta pele que te quer tanto!

Leva-me para onde vais!!!!!

Não desistas de mim.... não te percas agora..... não desista de mim.... a noite ainda demora!



sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

De saudade vou morrendo


De Saudades vou morrendo

E na morte vou pensando:

Meu amor, por que partiste,

Sem me dizer até quando?

Na minha boca tão linda,

Ó alegrias cantai! Mas, quem se lembra de um louco?

- Enchei-vos de água, meus olhos,

Enchei-vos de água, chorai!


Por António Botto in Canções

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Sentimentos diferentes por ti


Sinto-me só, de uma solidão gritante, de um sufoco aniquilante..... de uma loucura perdidamente só.
Sinto-me tão só desde há tanto tempo, só nos momentos em que me fiz alento, só nos dias em que fui conforto.
Só nas angustiantes horas mortas, nas sombras das horas mortas, dos segundos rastejantes do pensamento.
Só porque tu te foste e nem chegaste, só porque me deixaste e nem partiste, só porque a ilusão morou só no meu convento.
Só porque foste sendo o tudo e o nada, porque o nada não morou em mim e porque o tudo nunca foi para mim o teu cartão de boas vindas.

Tenho-te uma mágoa extrema desta solidão que semeaste, da mágoa agreste que cravaste, nas palavras doces proferidas diariamente.
Ódio de ti por te ter amado tanto... e agora que o escrevi, ainda mais lamento a perda, imensa, do tempo que semeei nessa altura em que me julgava tua e era apenas um pedaço.

Ódio de mim por te ter demonstrado tanto, e tu no teu alto ego latejante, pisando as palavras que te dizia, inconsciente (por certo) da mágoa que me trazias.

Agora és o meu deserto mais violento, aquele que penei anos demais em busca do oásis que não era meu.
E nesse deserto de enganos, tu jamais serás vento de norte, porque eu deixei de ser o grão de areia que te fazia uma certa comichão!

Abençoado dia de vendaval, em que soltei as minhas mãos, voei para longe, cai no mar, no coração de uma ostra e virei um ser bem melhor!


quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Será?

Às vezes sinto-me perdida, com os sentimentos esmagados contra ti!
Gostava de saber falar-te ao coração, mas perdi esse dom contigo. Não sei argumentar-te, deixei de acreditar, deixei de saber sentir e exprimir.
Não sei usar as palavras contigo!

Acho que no fundo nunca soubemos usar as palavras connosco, apenas os corpos!
Apenas aqueles dois corpos presos ao infinito prazer momentâneo! Tão ferozmente momentâneo! Tão cruelmente finito!

Dou por mim a pensar no que fui depois de ti, depois da tua passagem sinuosa em mim!
Dou por mim a pensar em mim em ti, dou por mim a pensar em nós por nós.... e assusta-me a força que a tua não presença tem em mim!

Às vezes tenho vontade de ser agressiva contigo, dizer tudo aquilo que nunca te disse, por ser demasiado violento para ser dito sem correr o risco de te perder.... de vez.... para sempre.... mas não terei eu já te perdido quando arrisquei ganhar-te....

Será que não é isso que quero?
Será que não foi isso que fiz, que ando fazendo?
Será que alguma vez te conquistei, te preservei, te ofereci o melhor de mim?
Será que alguma vez me entreguei.... será que te cobrei tudo o que cobrei sem nunca dar!?
Será que foi realmente honesta contigo, comigo, connosco!?

Será que realmente te amei, até a exaustão....

Será????

Neste momento a única coisa que sei, é que não te tenho, é que não me tens, é que não nos temos!
A única duvida que persiste é a de que: será que alguma vez te tive, será que alguma vez me quiseste e me tiveste, será que alguma vez nos partilhamos?

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

"O dia em que te esqueci"


"(...) Vivi iludida durante tanto tempo, julgando que o amor era feito de grandes arrebatamentos! Até o será, certamente, para os espíritos apaixonados. Mas tem de haver muito mais. Momentos perdidos no tempo não enchem dias. Noites sozinhas na cama a desejar o teu corpo ao meu lado, semanas, meses, anos de solidão povoada de segundas escolhas, até apareceres outra e outra vez, e para quê? Para me obrigares a pôr o coração ao espelho e depois desapareceres de novo? Para assegurares que o meu amor por ti se mantinha, eterno, certo, intemporal, intocável?

Tu não voltavas por mim, voltavas por ti e para ti. Os teus regressos serviam para marcares ainda e sempre o teu território. Mas tu alimentavas a ausência, o vazio, o gande equívoco de todo este amor. Porque na verdade, meu querido, estou agora em crer que nunca houve amor. Não da tua parte.

Há alguns meses, voltaste a afirmar que olhavas para trás e vias uma pessoa muito especial e importante. Mas enquanto me viveste sempre negaste, lembraste? Eu é que era a louca, que te perseguia, a teimosa que não te largava, a obstinada que não desistia (...)."


Por Margarida Rebelo Pinto in O dia quem que te esqueci.



Magnifico livro, este que ando a ler.... surpreendente.

Vale a pena ler. Como diria a autora: para as mulheres que viveram um grande amor e para os homens que o perderam!